O que havia em nossas cabeças?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

     Me pego olhando desfocadamente para o nada. É um fim de tarde, aproximadamente 18:00 horas. Juntamente com o desfocado do meu olhar, o acompanhante é uma dose de nostalgia. Sim. Ao lembrar que, há alguns anos atrás eu estivera ali, correndo com meus queridos amigos (que não vejo há anos), em uma singela forma de felicidade. 
Mesmo com um calor de quase 40° graus, não estávamos preocupados com sujar os pés, mesmo depois do terceiro banho naquela tarde. Não estávamos preocupados se o tempo estava para chuva. Não estávamos preocupados com a cor da pele do coleguinha, ou com aquela blusa cheia de buraquinhos do Carlinhos, causados pelas traças, nem com o par de chinelos pregados com pregos da Carol. Nós apenas estávamos preocupados em nos escondermos para não sermos achados. 
    É verdade, a gente discutia sim, mas era questão de dois minutos para já estarmos   dando cobertura um para o outro. Éramos crianças e, o que havia em nossas cabeças para querer crescer tão depressa? Afinal, o que haveria de tão empolgante lá na frente/agora? Álgebra? Inglês? Ou, quem sabe, amores mal resolvidos? Trabalho? Problemas? Era tudo tão fácil, e só queríamos saber de complicar...

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