Sobre ser livre

     É uma questão de ser, e só. É sobre ser, e estar, ou, de ficar. É coisa de estado de espírito, é coisa da alma, da mente. É o temor de parar no tempo, de acabar em gaiolas. É um medo infinito de ter correntes. É ter no lugar do coração, pássaros. É querer viver cada segundo do tempo da maneira mais intensa possível. É sentir a vida escorrer por entre os dedos, achando que há sempre como viver mais, como conhecer mais, como sentir mais... é querer partir, mas ter sempre seu lugar predileto no mesmo espaço de sempre. É o desejo incansável de ir e vir, de aprender, de sonhar e realizar, de conhecer o mundo, novas culturas, novos lugares, novos aromas e sabores.

[... é ser um ser inquieto, é ser um ser em ebulição ...]

Mais amor, por favor!

     
     Queria que o mundo fosse diferente. Queria que meus filhos, quando eu os tiverem, daqui quem sabe uns 10 anos, pudessem sair de casa para brincar lá fora sem eu me preocupar. Queria, que minha filha aos 16 anos, pudesse voltar da escola a noite sem ter que andar olhando para trás à cada segundo. Queria eu, que as pessoas tivessem mais amor uns pelos outros. Que fizessem ao próximo apenas aquilo que fariam a si mesmos. Queria que ela pudesse usar aquele vestido que ganhou no aniversário para ir a alguma festa, sem ter que ser no mínimo, motivo para alguns assovios.
     Quem dera dar vida a todas essas moças que morreram psicologicamente depois que foram estupradas. Queria eu, poder trazer de volta a vida aquele inocente que morreu nas mãos de um assaltante, por que tinha um relógio maneiro. Queria apagar da mente de uma menina, o preconceito que algum dia sofreu. Queria que não tivessem mais guerras, e nem perseguições. Queria que ninguém precisasse viver com medo. Queria que policiais não precisassem matar. Queria a cura do câncer, da leucemia, da AIDS. Queria a paz entre famílias. Queria que acabasse a guerra por comida, por água. Que acabasse a guerra por poder. Queria um mundo com mais justiça. Queria mais felicidade a todos. 

Mais amor, por favor.

É preciso colocar - se no lugar de outrem.

     É muito comum hoje em dia assistir a um noticiário e ouvir manchetes sobre perseguições religiosas, agressões físicas e psicológicas, por causa de determinada religião ou doutrina. Mais comum ainda, são nas redes sociais, onde muitas vezes ocorrem típicas palavras ameaçadoras.

     Não é segredo pra ninguém o atual estado da Síria. Pessoas aterrorizadas com a guerra, saindo de suas moradias, para buscar em outro país, a paz que todo ser humano deveria ter. Infelizmente, essa guerra horrenda, é um conflito que vem se arrastando há algum tempo, e uma de suas causas é a intolerância religiosa, e a tentativa de implantar a própria religião a todos. Milhares de pessoas morrem todos os dias. A guerra não poupa os idosos, nem os jovens, e nem as próprias e inocentes crianças.

     É verdade que no Brasil, a situação não chega a esse nível, mas basta abrir a famosa rede social “ Facebook”, que verá inúmeros comentários e insultos sobre a religião alheia. A hipocrisia maior é ver pessoas de religião A, insultando pessoas de religião B, como se fosse algo normal. Porém, quando a pessoa de religião A também sofre insultos, quer todos os seus direitos, diz que a prática daquele preconceito é crime, é intolerância, e que ele é vitima.

     Na verdade, o grande problema do mundo hoje, é que as pessoas não se colocam no lugar do outro, não praticam seus deveres, mas exigem seus direitos. Dizem que o nosso país é democrático e possui liberdade de expressão, mas experimenta deixar claro sua religião, sua opção sexual,  ter orgulho da própria cor, e sair na rua, pra ver quais  serão as consequências.